O retinoblastoma vêm ganhando mais atenção nos últimos meses como uma das principais doenças a se observar nas crianças.
O tratamento do retinoblastoma pode ser curável, desde que seja diagnosticado logo no início.
O que é o Retinoblastoma?
O retinoblastoma é um tipo raro de câncer que começa na retina e pode se espalhar por outras estruturas do olho.
Ele é mais comum em crianças do que em adultos. Em média, o retinoblastoma corresponde a 3% de todos os casos de câncer infantil.
O retinoblastoma também tem um forte fator genético. Isso significa que, muitas vezes, o retinoblastoma é hereditário. Ele pode surgir de uma mutação espontânea na criança, mas se um dos pais já teve retinoblastoma, o risco para os filhos é maior.
Tipos de Retinoblastoma
- Unilateral: Esse é o retinoblastoma mais comum (60% – 75% dos casos). Ele afeta apenas um olho e, na maioria das vezes, decorre de uma mutação esporádica.
- Bilateral: Nesse caso, o retinoblastoma afeta ambos os olhos. Esse tipo é mais frequentemente hereditário e costuma ser diagnosticado mais cedo que o unilateral.
- Trilateral (PNET – tumor neuroectodérmico primitivo): Esse retinoblastoma só surge nas crianças com retinoblastoma bilateral hereditário. Nele, um tumor associado surge nas células nervosas primitivas do cérebro.
Sintomas do Retinoblastoma
Como o retinoblastoma está ligado a fatores genéticos e mutações, não há maneiras eficazes de prevenção.
Ao invés disso, é preciso focar no diagnóstico precoce do retinoblastoma, ficando atentos aos sintomas:
- “Olho de gato”: a doença causa um reflexo branco e opaco quando a luz atinge a retina. Isso fica especialmente visível em fotos com flash e pode se assemelhar ao reflexo produzido pelos olhos de felinos.
- Estrabismo
- Dores nos olhos
- “Olho preguiçoso” (ambliopia)
- Fotofobia (sensibilidade excessiva à luz)
Na maioria dos casos, o retinoblastoma se desenvolve nos primeiros 3 anos de vida da criança. Por isso, esse é o período de maior alerta.
Diagnóstico
Frequentemente, o retinoblastoma pode ser identificado ainda em recém-nascidos, graças ao teste do olhinho.
Recomenda-se repetir esse teste com certa frequência até os 5 anos de idade. Isso evita que o retinoblastoma se desenvolva sem ser notado.
Tratamento do Retinoblastoma
O diagnóstico precoce é importantíssimo no tratamento do retinoblastoma.
Quando o retinoblastoma é diagnosticado ainda pequeno e isolado, o tratamento pode ser feito por métodos como a laserterapia e a crioterapia. Esses tratamentos são menos invasivos e permitem preservar o olho e a visão da criança.
Em retinoblastomas mais avançados, porém, a enucleação (retirada do olho) pode ser necessária, em conjunto com a quimioterapia ou a radioterapia.